quarta-feira, 7 de abril de 2010

FITAS 2010 em directo na Beira TV

Depois de em 2009 ter sido a televisão oficial da edição comemorativa do décimo aniversário do Festival Internacional de Tunas Académicas de Castelo Branco, este ano a Beira TV volta a transmitir em directo o FITAs, evento organizado pela Castra Leuca - Tuna Académica Masculina do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) e que conta com a participação de nove formações.

O festival arranca na sexta-feira, dia 30 de Abril, a partir das 21:30, com a Monumental Serenata na escadaria da Câmara Municipal.  Já no sábado, às 15:30, o passa calles percorre a zona da Devesa, com passagem assegurada junto às 'docas', seguindo-se, a partir das 21:30, o espectáculo no Cine-Teatro Avenida, este com emissão integral na Beira TV.

A competir pelos prémios da noite estarão a Tuna Académica de Medicina da Universidade de Coimbra, a Carpetuna - Real Tuna Académica da Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova, a Desertuna - Tuna Académica da Universidade da Beira Interior (UBI), a Imperial Neptuna Académica - Tuna da Cidade da Figueira da Foz e a Tuna Universitária de Plasencia, em Espanha.

Extra-concurso participam a anfitriã Castra Leuca, a TAFIPCB - Tuna Académica Feminina do IPCB, a Adufotuna - Tuna Feminina da Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova e As Moçoilas - Tuna Feminina da Associação Académica da UBI.

Na sua 11ª edição, o FITAs é, de acordo com a organização, um ponto de referência a nível cultural e académico na cidade, sendo também já considerado um dos festivais mais prestigiados a nível nacional.

Jorge Costa


- Vídeo promocional:

terça-feira, 6 de abril de 2010

Economia do Porto vence Olimpo 2010

TFEP e Afrodituna, ambas da invicta, conquistaram a maioria dos prémios do quinto Festival de Tunas Femininas de Castelo Branco, emitido em directo pela Beira TV

Depois da transmissão em Maio de 2009 do décimo FITAS, edição comemorativa do mais conhecido festival de tunas de Castelo Branco, a Beira TV apostou em força no Olimpo 2010 (ver promo e compacto).

Desta feita, tunos e tunossauros cederam o palco do Cine-Teatro Avenida às meninas, moças, aias e senhoras que a 26 de Março animaram cerca de 250 pessoas com as suas vozes, coreografias e instrumentos musicais.

Organizado há três anos pela Tuna Académica Feminina do Instituto Politécnico de Castelo Branco (TAFIPCB), o quinto Festival de Tunas Femininas da cidade contou com quatro formações na disputa dos nove prémios da competição, a que se juntaram, extra-concurso, as duas maiores tunas do politécnico: a TAFIPCB e a Castraleuca.

Durante a tarde, as tunantes reuniram-se no tradicional passa calles (ver vídeo), desfilar de capas e boa disposição que se concentrou nas ‘docas secas’, em plena Devesa. Já no cine-teatro, seguiu-se o ensaio geral (ver vídeo) com o derradeiro afinar de bandolins, cavaquinhos, violas, guitarras, violinos, bombos ou pandeiretas.

À noite, o festival arrancou com os cerca de 25 elementos da tuna anfitriã, formada em 2007, a interpretarem "Criatura da Noite" (ver vídeo), dos Entre Aspas. Feitas as apresentações, a tuna feminina do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) prosseguiu com um medley de três temas de Carlos Paião: “Pó de Arroz”, “Cinderela” e “Playback”.

O palco foi então cedido à primeira formação convidada. Inicialmente constituída por meia dúzia de elementos, em que apenas quatro sabiam tocar instrumentos, a Tuna Feminina do Instituto Politécnico do Cavado e do Ave (TFIPCA) abriu com "Senhora do Almortão", o popular tema raiano, e “As Sete Mulheres do Minho”, de Zeca Afonso. Um medley com sabor a Beira Baixa para conquistar o público albicastrense.

Foi precisamente em Idanha-a-Nova, no terceiro FesTAFIN, que o grupo, criado em 2006, arrecadou o prémio de Tuna Mais Tuna. Feitas as devidas dedicatórias, seguiram-se uma adaptação do “Fado de Estudante”, "Todas as Ruas do Amor", canção que Portugal levou à Eurovisão em 2009, e, depois de um momento de graça da porta-voz da tuna de Barcelos, o seu hino "Terra da Lenda" (ver vídeo) e a “Desfolhada” celebrizada por Simone de Oliveira.

A Tuna Feminina da Escola Superior de Estudos Industriais e de Gestão do Instituto Politécnico do Porto foi a segunda a tentar mostrar o que vale aos cinco elementos do júri. Formada por um grupo de raparigas interessadas em darem música à vida académica, a Afrodituna pediu emprestado o nome à deusa grega do Amor e da Beleza. Desde 1996 que as três dezenas de afrodites já percorreram quase todo o país com um repertório constituído sobretudo por composições próprias e temas tradicionais portugueses.

Depois de um instrumental “Ao Ritmo das Ondas” e de desvendada a "Vida de Estudante", o grupo da Póvoa do Varzim apresentou a sua versão do "Barco Negro" de Amália Rodrigues. Com a sala mais composta, a divertida e sorridente tuna fechou a actuação com "Brilho Dental" (ver vídeo), de Rui Veloso, e com o original “Capas Negras”.

“Não estávamos à espera que enchesse tanto porque no ano passado tivemos pouco público”, confessava Ana Alves, presidente da TAFIPCB, em entrevista durante o intervalo (ver vídeo). “Este festival é mais dirigido a pessoas de meia idade. Os estudantes não costumam vir, e como começaram as férias muitos foram para casa”, acrescenta a jovem, lembrando que, para além de dar a conhecer a própria tuna, um dos propósitos do festival é o de “mostrar às pessoas que conseguimos organizar eventos como este”.

Mesmo com o Olimpo ainda a decorrer, era já possível lançar algumas pistas sobre a próxima edição. “É difícil para as tunas virem à sexta-feira, pois muitas trabalham e têm aulas. Para o ano vamos tentar organizar o festival num sábado e, quiçá, chamar tunas do estrangeiro”, avança a tunante, destacando as atribulações e devaneios da vida de estudante que depois são recordados com nostalgia neste e noutros eventos do género onde o espírito académico, feito de um gosto comum pela música e pelo convívio, vêm sempre ao de cima. “Temos pessoas que já acabaram o curso e que estão a trabalhar. Agora vieram ver o nosso festival e querem ir para o palco cantar com a gente”, conta Ana Alves. “Elas têm imensas saudades disto, e o reencontro é sempre bom”.

E foi isso mesmo que aconteceu, com a própria TAFIPCB a inaugurar a segunda parte do Olimpo ao ritmo do "Trocadilho" (ver vídeo), mistura detrava-línguas com a melódica “Canção do Berço” e com a tradicional “Erva Cidreira”.

Logo a seguir vieram "Irás Recordar-me", balada nostálgica sobre a vida académica, "Ò Ferreiro Guarda a Filha", tema transmontano e um dos mais conhecidos da tuna do politécnico de Castelo Branco, bem como nova desfolhada, agora nas vozes desta formação cuja passagem pela Madeira, Porto, Évora, Bragança, Viseu, Idanha-a-Nova ou Algarve lhe rendeu os prémios de Melhor Pandeireta, Melhor Porta-Estandarte, Melhor Solista, Tuna Mais Tuna, Melhor Instrumental e Melhor Tuna da Noite.

Criada em 1992 por um grupo de amigas entusiasmadas com as aulas de canto coral, a Tuna Feminina da Faculdade de Economia do Porto inaugurou a sua performance com um instrumental onde os sons brasileiros se cruzam com o ambiente melancólico de Yann Tiersen. Ao ritmo caliente da rumba, a TFEP rumou depois até à América do Sul, encontrando-se pelo caminho com o “Fuego Lento” de Rossana.

De regresso a Portugal, a tuna responsável pelo festival “Trinados” e que soma actuações em Espanha, França, Suíça, Luxemburgo, Bélgica e Itália, dedicou à cidade anfitriã o seu “Falésia” (ver vídeo). Precisamente um dos temas registados em 1999 no álbum “Tantas Histórias” e, quatro anos depois, no disco “Memorias”. O grupo da invita encerrou a actuação em Castelo Branco com o original “Capas Negras”, bem regado com o "Vinho do Porto" de Carlos Paião.

Na mesma linha, a In'spiritus Tuna arrancou com uma homenagem ao "Senhor Vinho", néctar que não poderia deixar de estar presente num festival académico. Depois de mais um tema introduzido ao ritmo do verso, a Tuna Feminina da Cooperativa Egas Moniz, no Monte de Caparica, prosseguiu com "Os Anos da Faculdade" (ver vídeo) e a versão instrumental da “Queda do Império” de Vitorino.

Depois da estreia em palco da balada “Eu Sei”, a tuna criada em 1995 apresentou à plateia outro original “Capas Negras” e o hino oficial desta formação de duas dezenas de elementos que tem percorrido o país de norte a sul, e há cinco anos responsável pelo festival “Capas Ricas”.

Perto do final, a Castraleuca, constituída em 2007 e único grupo de calças da noite, surgiu acompanhada pela TAFIPCB e pelo seu novo porta-estandarte, o João, que apesar de só ter três anos foi capaz de levar o público ao êxtase. Juntos, os tunantes do politécnico interpretaram o tema “Academia Albicastrense” (ver vídeo).

Já sozinhos em palco e ao ritmo do contrabaixo e de outros instrumentos de percussão, os quarenta ‘castraleucos’ apresentaram o medley albicastrense, composto pela tríade "Senhora do Almortão", "Saudades da Beira" e "Maria Faia".

A tuna organizadora do FITAS, que combina o repertório das antigas formações masculinas do IPCB com novas composições, temas tradicionais ou tangos, encerrou a aparição com o “Hino Castraleuca” (ver vídeo), e o típico grito identificativo. Não sem antes desenrolar mais uma "Rapsódia" e um novo compacto de temas populares (“Eu Vou a Miranda”, “Laurindinha”, “Eu Ouvi o Passarinho”, “Bailinho da Madeira”, Cheira Bem, Cheira a Lisboa”, “Amanhã de Manhã” e “Bamos Lá Cambada”).

A TFEP foi a grande vencedora da noite, arrecadando os prémios de melhor tuna, melhor instrumental e melhor pandeireta. Já as distinções de segunda melhor tuna, tuna mais tuna, melhor porta-estandarte e melhor passa calles foram para a Afrodituna. A TFIPCA destacou-se como melhor solista, enquanto que a In’Spiritus Tuna arrebatou o galardão de melhor original

No seu sexto directo (o primeiro realizou-se em Outubro de 2008), a Beira TV voltou a mobilizar grande parte dos meios audiovisuais da Escola Superior de Artes Aplicadas (ESART), contando com o apoio de quatro câmaras (três no auditório e uma nos bastidores) e de uma equipa de sete alunos da própria ESART.

A acompanhar as quatro horas e meia de emissão estiveram quatro dezenas de internautas, três dezenas deles em simultâneo. A maioria fê-lo a partir do Porto, Castelo Branco, Lisboa e Viseu, mas também no Fundão, Aveiro, Vila Real, Ponta Delgada, Alcobaça e Braga. No estrangeiro, estes acederam desde Espanha, França, Itália e Suiça. O número de ligações ao streaming de áudio e vídeo ficou ligeiramente abaixo do registado no FITAS, mas deverá ser maior na edição deste ano, a transmitir a 1 de Maio de novo desde o Avenida.

Para além dos comentários e das intervenções em directo, a emissão do segundo festival de tunas académicas mais conhecido da cidade teve presença diferenciada nas redes sociais, reforçando-se assim a interacção com os espectadores da Beira TV. A cobertura ficou completa com os vídeos dos bastidores disponibilizados no YouTube (os doze acumulavam 2500 visualizações ao final de três dias), o acompanhamento em tempo real noTwitter, e um álbum no Facebook com meia centena de fotos dos momentos altos do evento.

Jorge Costa


Prémios Olimpo 2010:
-TFEP (Melhor Tuna, Melhor Instrumental e Melhor Pandeireta)
-Afrodituna (Segunda Melhor Tuna, Tuna Mais Tuna, Melhor Porta-Estandarte e Melhor Passa Calles)
-TFIPCA (Melhor Solista)
-In'Spiritus Tuna (Melhor Original)

Compacto: Jorge Costa (genérico, grafismo e edição)
Transmissão em directo: Jorge Costa (locução e mistura de áudio); Carlos Nascimento, João Pires e Marco Oliveira (imagem); Vânia Fonseca (mistura de vídeo); Márcio Martins (assistência à realização); Ana Margarida e Vanessa Carvalho (equipa móvel)